Na Somália, Médicos Sem Fronteiras (MSF) manteve prestação de assistência médica a pessoas deslocadas por conflitos ativos e eventos climáticos extremos, bem como apoio a serviços em instalações do Ministério da Saúde. 

Em 2023, a terrível situação humanitária vivida no país se agravou,  , quando, após dois anos de seca, a região foi atingida    por inundações severas, afetando mais de 2 milhões de pessoas. A situação resultou em 1,2 milhão de pessoas deslocadas e 118 mortes, em um cenário de conflito de longa data e surtos recorrentes de doenças. 

Em Baidoa, capital do estado do Sudoeste, nossas equipes forneceram assistência médica para pessoas deslocadas por conflitos e inundações. No hospital regional de Bay, nossos serviços incluíam cuidados obstétricos e neonatais de emergência abrangentes, clínicas ambulatoriais e uma ala de internação para assistência médica pediátrica, bem como centros de alimentação terapêutica. Descentralizamos a assistência médica geral em sete locais dentro da cidade para facilitar os encaminhamentos de serviços de saúde materno-infantil para o atendimento especializado no hospital regional de Bay . 

Em Galkayo Norte, estado de Puntland, mantivemos nosso apoio aos departamentos de maternidade e pediatria do hospital regional, tratando desnutrição e tuberculose (TB). Além disso, equipes móveis foram enviadas para 23 abrigos para pessoas deslocadas. Em Galkayo Sul, demos apoio ao hospital da Organização de Desenvolvimento de Mudug, com a gestão de serviços de saúde materno-infantil, tratamento de desnutrição e tuberculose e resposta a emergências. 

Em junho, transferimos nosso projeto de TB multirresistente ao Ministério do Desenvolvimento da Saúde na Somalilândia. Desde 2019, fornecemos e na identificação de casos, diagnósticos e cuidados holísticos para pacientes, resultando em uma redução nas taxas de mortalidade e uma melhoria nas taxas de cura. 

Mantivemos atividades de cuidados de saúde básicos e especializados em Kalabaydh, na região de Sool, mas, em julho, fomos forçados a retirar nossos serviços do Hospital Geral de Las Anod, devido à alta insegurança. 

Em dezembro, concluímos nosso projeto em Dhobley, Jubalândia do Sul, perto da fronteira com o Quênia. Desde 2017, nossas equipes prestam serviços de assistência médica por meio de clínicas móveis, tratando desnutrição e doenças infecciosas, realizando consultas ambulatoriais e istrando vacinas contra sarampo, respondendo a surtos de cólera, realizando cirurgia de catarata e distribuindo óculos.